As libelinhas todos os dias dançavam para mim. Elas ficavam encantadas com as visitas do Ventor. De manhã e à tardinha, sempre que possível, o Ventor estava sempre presente para o grande baile cheio de coloridos encantadores.
Esta libelinha azul é uma das minhas preferidas, embora haja várias matizes azúis e douradas, todas belezas da Natureza que polulam pels linhas d'água
Sobre os fetos, as avencas, as silvas, as folhas e flores das dedaleiras, a macieira, as videiras, as flores do S. João, as silenes brancas, ... tudo pendurado sobre uma linha d'água, aquilo a que chamamos "corga", pairava um dos mais belos "musts", superior a qualquer frasco dentro das melhores perfumarias do mundo. Sobre cheiros belíssimos, as libelinhas esvoaçavam por pequenos nichos que são uma oferta magnífica da Natureza. Nesse limiar de danças e sonhos, recordei o rio de Adrão nos meus tempos de puto, onde as libelinhas me deixaram belíssimas recordações das suas danças sobre os carriços, à sombra dos salgueiros e dos carvalhos, ... São essas pequenas coisas que me levam aos meus primórdios, onde a beleza da Natureza sempre reinou.